quinta-feira, 8 de janeiro de 2004

Polar-067

Em minha frente apenas uma estrada tortuosa
Parece que preciso de remédios pra dormir
Para trás, uma estrada esburacada
Alguém, por favor, me proteja dessas dores

Sempre que fui, fiquei e só sai expulso
Antes de mergulhar, peço perdão a todos
Se você chegar e eu estiver eufórico
Não se aproxime, pois não sou eu

Isso que escrevo vai para quem me ama
E mando também para que eu amo
Sem interpretações duplas ou loucas
Apenas me pergunte, se não entender

Escrever me mantêm vivo.
Mesmo que já tenha morrido.
Sou o poeta morto-vivo
Apenas pensando, solitário.

Os versos diminuem
E assim vão
Até virar
Nada