Mostrando postagens com marcador M-K. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador M-K. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 14 de maio de 2019

About Last Night [6]

O dono da pensão havia dito "O nosso café da manhã é às 7, se quiser. Mas a gente serve outro pros hóspedes às 10".
Eu não costumo tomar café da manhã.
Tento ir dormir cedo, com ela, para que possa acordar junto.
Ela tem exames amanhã, provavelmente não vai querer que eu acompanhe,
mas eu gostaria.
Vou dormir.
Acordo com uma movimentação estranha.
É ela. Está deitando comigo.
Não entendo.
O acordo era não tocá-la.
Face a face.
"Já não sou mais virgem. Me fode.", ela diz e lambe minha boca.
Confuso, só consigo dizer, (ou pensar?)
"Estou sonhando."

terça-feira, 7 de maio de 2019

About Last Night [5]

Estávamos no centro. Eu e a moça de sempre.
Andávamos sem rumo, próximo a prefeitura, onde aconteceria um protesto contra Bolsonaro.

Eu enviava mensagens à moça da Bahia, perguntando se ela iria à manifestação. No sonho, ela morava na cidade também.

Dois jovens se aproximaram.
- Você está de luto? - perguntavam.
- Não, só estou de preto.
- E o que é você? Emo? Gótico?
- Só velho. Não faço mais parte dessas tribos. Não consigo mais me comunicar com eles.

Um carro de uma famosa peixaria da cidade vinha descendo vagarosamente o calçadão onde estavam as pessoas, e algumas gritavam. O calçadão estava cheio de peixes.

Finalmente, noto uma loja de livros usados, e entro para procurar um livro do Nietzsche.

Terminado às 9:42 AM do dia 07/05/2019

segunda-feira, 25 de março de 2019

Sabe como cachorros parecem abanar os rabos quando estão felizes?

Nós morávamos juntos e, às vezes, fazíamos sexo.

Na maior parte do tempo, ele só se masturbava assistindo a vídeos que eu não conseguiria olhar se eu seguisse minha criação católica. Mas, tendo abandonado qualquer crença há décadas, pude assumir, sem culpas, que a cena me excitava.

Tratávamos nossos corpos de uma maneira totalmente separada de nossas mentes, e por isso, fazíamos sexo eventualmente. E por isso também, a masturbação não era um ato solitário.

Não que eu o ajudasse no ato em si, mas não havia nenhuma mudança na minha rotina diária só pelo fato de ele estar ali, assistindo pornô (da maneira que ele foi feito pra ser assistido) no mesmo ambiente que eu.

Como quando alguém assiste um vídeo de gatinhos na internet e você presta atenção em algumas partes, oralizando um eventual "awn".

O que eu quero dizer com isso é que a independência entre mente e corpo quebra tabus relacionados a sexo. Transforma o sexo não em um acontecimento privado e íntimo, a intimidade não tem nada a ver com sexo. Desde que sexo deixou de ser um ato de reprodução e passou a ser feito por prazer, um reflexo disso deveria ter acontecido na maneira como ele é tratado.

Como amigos que vão jogar sinuca ou pessoas em um cinema, sexo poderia ser encarado apenas como algo que as pessoas fazem para se divertirem.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Dream On

As if love came from action,
I, blinded, look forward
and ask you to come:
"I'll provide", I say,
as if love came from action.

As if love came from dreams,
I, optimistically, think about you
and demand: do not give in:
"Dream on", I say
as if love came from dreams.

"Dream on" I say,
hoping that is with me
that you dream about.

"I'll provide", I say
hoping that you say
"Yes! Yes! I'll marry you!"

terça-feira, 5 de março de 2019

Panes Et Circenses

"panes et circenses
passing through your street now
come taste it
it's the best thing you'll ever eat"

She confuses me still
and I'm in conflict with myself.
Feel like I will be able to conquer the world
if I manage to convince her to come

"panes et circenses
passing through your street now
come taste it
it's the best thing you'll ever eat"

I just need to sell all my stuff
and to remove all masks
be myself, at all times
while keeping my hands inside the car.

"panes et circenses
passing through your street now
come taste it
it's the best thing you'll ever eat"

Forget all I went trough the last time
stuff that she has no idea,
all pain that I swallowed:
the pride that took so long to be rebuilt
(let's pretend I did rebuild it)

"panes et circenses
passing through your street now
come taste it
it's the best thing you'll ever eat"

Become one of two clowns
on the streets of somewhere else
that is not here or there
abandon the safety of my castle
(which was built on sand)

"panes et circenses
passing through your street now
come taste it
it's the best thing you'll ever eat"

the sound comes from the car
going up and down on my street
I need to taste it.
I need to.

"panes et circenses"

Away! Away with you!
All I need is to keep conformed
And to change the jingle
To describe what I have:

"fame et taedio
blocking your door now
come curse it
it's the only thing you'll ever live"

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

About Last Night [4]

We were on a stadium for some big event.
They were giving out some waffle and we could chose the fillings.
Eventually, we got to a bakery,
and were drinking soda.
There was a couple with us,
and after they left,
you told me he was disgusting
and that his sweaty balls left marks on the chair he was on.
We went to hitch a ride to my house
and, when we arrived there,
I was sitting in a chair
and you were lying on the floor.
I started massaging you legs.
You commented that felt good
and eventually told me to come to the floor with you.

But you read something I was writing
and you were responding
that you didn't like adventure games
and you'd prefered to live stuff
instead of sitting while watching simulations.

My mom arrived
and I introduced you two.

sábado, 11 de agosto de 2012

Like I Care

We suck the same, but we can't kiss.
"Why is that?", I wonder. "Cause I have no attraction, at all" she'd say.

- My hands, you see, I'm peeling off my hands.
- Like I care.
- You can just ignore me, you know?
- Sometimes I do that, and sometimes I'm just nice enough to answer.
- That crossed my mind, yeah. I just can't cope with the way you treat me...
- Like I care.
- Have you ever? I wonder.
- What difference does it make?
- I can hate myself with a reason.
- So do it.
- You can't keep a real conversation with me, can you?
- I'm doing that.
- No. You are not. How many question marks have you used? None. I am the only one keeping the coversation alive.
- Maybe beacuse I don't want to keep the conversation alive.
- Ok. I'll just be quiet then. For a minute. Or two. Or maybe I'll kill myself. Like you'd care.
- Off you go.
- I love you.
- Like I care.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Perguntem À Vontade

Uma personagem que não faz sentido, parece ter múltiplas personalidades, muda de idéia a cada segundo. Não se arrepende, nem mesmo se lembra de ter feito, não há nada para se arrepender. E para quem tenta entender, fica a indiferença de quando ela puder haver e a passividade quando conseguir penetrar nalguma brecha, Uma pessoa dessas não existe em filmes, pois não faz sentido e não incomoda a maioria. Se existe algo próximo, é a vilã. Mas ela não é vilã. Ela não faz por mal. Ela só é verdadeira com suas vontades. Textualmente, não se molda a ninguém. Talvez só consiga expor-se no virtual, pessoalmente, vai com a corrente. Talvez não. Ela é linda e leve, de forma a afetar mentes fracas. Mas nem todas. Existem mentes fracas específicas que ela afeta. Quem cair na tentação de amá-la, é punido com a sua incostância. E, como ela não gosta de pressão, o desespero isola os punidos. E como é só sonho que ela quer, foge do real. E quem é ingênuo de se propor a fugir do real com ela, tem sua ingenuidade transformada em alvo. Ninguém sabe apertar gatilhos de paranóias como ela. Ninguém sabe onde a dor está, onde apertar para causar o incômodo mais agudo, não como ela. E o ingênuo, que a enxerga causando dor como ela dando atenção, tenta, cego, tatear o que seria a vontade dela. Tolo. Ela não tem vontades. As vontades a têm, quando passam correndo e ela aceita e quer e busca. Depois que a vontade passa, perguntam a ela "O quê foi isso?". Ela não tem como saber. Perguntem à vontade.

domingo, 8 de julho de 2012

Ronronar

[Batidas na porta]

- ah meu deus... quem?
- Sou eu!
- ah.. ah.. já vou..

[Porta abre.]

- eu tô... uhn.. enjoada..
- Você tá...
- uhng.. doente..
- Linda.

[Ela não poderia estar linda. Ela estava descabelada, com o rosto pálido e suado. Olheiras enormes. Ela não poderia estar linda, mas estava.]

- eu nao devia ter comido... ungh... aquela merda.. de lagosta...
- ...

[Ela corre pro banheiro e vomita. Ele só ouve, e espera o silêncio para ir atrás dela.]

- Vem. Você precisa de um banho.
- nah, me deixa... arg... que gosto horrível...
- Vem.

[Ele a coloca sentada dentro do chuveiro, pega a mangueirinha e a abre. Liga o chuveiro, verifica se a água está muito quente (normalmente, ela sai mais quente na mangueira). Á agua cai do chuveiro e sai pela ponta da mangueira. A água que cai do chuveiro a molha na cabeça e a mangueira, ele deixa nas mãos dela.]

- Olha. Eu vou te deixar aí um pouco. Tira essa roupa e depois se enrola na toalha.
- não me deixa. vem...

[Ela o puxa para dentro do chuveiro. Ele está de calça, camiseta e jaqueta e tudo se molha.]

- Não, não. Se ajeite aí.
- vem... me abraça...

[Ele se senta do lado dela e ela deita no ombro dele. A água continua correndo. Ele fecha os olhos enquanto a abraça. Ela pega a mangueira e põe próximo da boca dele.]

- Acorda!
- Oi?
- Eu te amo.
- !
- ?
- Você nunca me disse isso. Tá bêbada?
- Não.

[Ele a beija, nem se lembra que ela acabou de vomitar.]

- Sabe do que mais?
- hmmm?

[Esse 'hmmm' parece o ronronar de um gato]

- EU te amo.
- Eu sei.
- Claro que você sabe. Olha onde eu estou. Como eu estou.
- Não...
- O que você comeu pra ficar assim?
- Lagosta.
- Então. Você deve amar lagosta. Olha só, você aceita o risco de passar mal e come a lagosta.
- Hm.
- Eu estou aqui. Eu assumi o risco. Eu te amo. Você só me aceita por que eu cuido de você pra caralho.
- Hmm...

[De novo o ronronar]

- EU te amo.
- ...

[Ela dormiu. A água ainda corre.]

sábado, 7 de julho de 2012

Pipas


    O menino começou a enrolar a linha em volta de uma lata de cerveja esvaziada por seu pai. A pipa estava perdida após um duelo épico contra uma outra pipa de algum lugar que ele não tinha idéia de onde era. Ele estava acostumado a perder as pipas, não sabia duelar muito bem, só continuava soltando pipa pois era fascinado pelas correntes de vento e pelo comportamento da pipa conforme os movimentos que ele fazia em terra, tão distante da pipa em si.
    Dezesseis anos depois, ele ainda mantinha o fascínio, mas agora, o controlado era ele. Um pipa, montada com cuidado e exatidão, para o deleite de outra pessoa. Ele entregava o controle e recebia o vento no rosto. A cada empinada da corda, ele respondia. E mergulhava. Seguia em direção da rabiola, ia contra o vento, sentindo a pressão contra sua face de papel de seda.
    Havia uma certa repercussão em tudo que ele fazia, no mundo todo. Como efeito borboleta. Ninguém notava, nem mesmo ele. Mas a cada rajada de vento que ele encarava com os olhos abertos, o vento chegava mais fraco nalgum outro lugar. Como todas as pessoas, todas as ações repercutem e mudam muito mais a história do mundo. É comum e incrível.

    - Oi, psiu.
    - Oi, coisa.
    - Como está?
    - Estou.
    - Senti sua falta.
    - O que mais há pra sentir?
    - De você? Nada, ainda.
    - Quando vem?
    - Logo. Ou nunca, quem sabe.

    Um ótimo pai, ele daria, diziam. Mas o pai dele mesmo havia sido ótimo em seu tempo, só depois que descambou. Sem o pai, ele não saberia soltar pipa. Talvez tivesse sido mais útil um pai que o ensinasse a fazer a barba ou o levasse num puteiro. Ele nunca vai saber. Algum vento que o pai dele resolveu encarar mudou a vida do filho, da filha, da esposa e, agora, daquela tal 'psiu'.


    - Sabe, você pode vir e nada acontecer.
    - Sei. Mas eu não vou conseguir viver com "e se eu tivesse ido".
    - É. Nem eu.
    - Por que você não vem então?
    - É isso que quer?
    - Talvez. Eu meio que prefiro ir. Não sei por quê. Parece algum tipo de obrigação moral inconsciente.
    - Machista.
    - Possivelmente.

    Outro dia, com a pipa mais linda do céu, ele foi duelar. E num céu de nuvens flocadas, com um ar quase parado, as rajadas de vento mal interferiam nos movimentos. Tudo estava em suas mãos. A pipa inimiga margulhou por sobre sua linha, e ele deu linha. As rabiolas se tocaram e quase se engrenharam, mas havia tanta calmaria que os pequenos pedaços de plástico tiveram tempo suficiente de desfazer os nós que o tempo tentava fazer. Como se as rabiolas estivem aproveitando o momento.


    - Parece uma urgência. Eu ter que te ver.
    - Eu não tenho muitas fotos pra você olhar.
    - Eu digo pessoalmente.
    - Ah.
    - Só ver basta.
    - Não quer me tocar? Me cheirar? Me comer?
    - Claro! Mas olhar. Olhar.

    A pipa inimiga foi um pouco para longe, e ele não sabia onde estava a linha dela. Tentou lembrar das aulas de física. Algo sobre tensão. Tentou imaginar como poderia fazer para dar um mergulho, enganchar a linha na dela, puxar para aumentar o atrito, cortar a linha dela e correr rapidamente atrás de seu prêmio. Se ele fosse bom o suficiente, conseguiria cortar a linha e enganchar a pipa inimiga de forma que, quando recolhesse a sua linha de volta para a latinha, a outra pipa viria junto.


    - Olha, eu consigo ver seus pés!

    Assim que ouviu isso, ela escondeu os pés embaixo do corpo, estava sentada na cama.

    - Seus pés são bonitos. Nunca tinha visto você, assim, de corpo inteiro.

    A pipa inimiga se aproximou e, ao mesmo tempo que ele tentou qualquer coisa para cortar a linha dela, ela tentou algo que parecia extremamente exato, mas que podia ser alguém  tentando qualquer coisa para cortar a linha dele. O sucesso foi dividido. As pipas fizeram zigue-zagues e as linhas se encontraram. O atrito fez a tensão aumentar. Ninguém tinha cerol ali, era só linha. Só linha. Como sabia que era tudo ou nada, tentou enrolar a cabeça da pipa dele na pipa inimiga. Como numa pescaria. Se antes, no breve contato entre rabiolas, os corações das pipas já haviam sentido a força do toque, agora, o papel de seda das duas estava na repulsão que só há quando duas coisas estão muito próximas. Ele sentiu a linha dele ficar frouxa. Sua pipa estava sem controle. Agora, tudo que ele podia fazer era assistir sua pipa ir para as mãos do inimigo.


    - Em um sonho, você sabe, a gente tende a melhorar tudo que acontece. Talvez você seja horrível e chata. Um cu. Mas eu também sou, então a gente tem que relevar, né?


    Uma rajada de vento surpresa bateu, e as duas pipas desafiavam a gravidade. Aquelas duas pipas não eram nem um pouco aerodinâmicas, juntas. Mas voavam. E voavam tanto que nem parecia que havia alguém controlando. E de fato, não havia. O momento em que a linha dele se rompeu, a linha da outra também se rompeu. As pipas estavam a deriva. A mercê do vento. Sem donos, sem controles. O vento as levava para onde quer que fosse e elas se recusavam a cair.

    - Sabe, a gente podia ter sido algo tão grande e tão bonito junto.
    - Quem disse que a gente já não é?

terça-feira, 26 de junho de 2012

Juntar As Camas

Dividíamos a casa, mas não o quarto.
No seu quarto, havia uma televisão, que você colocava pra fora, pela janela, quando precisava de espaço.
Em um dado momento, começava a chover, e corríamos para cobrir sua tv.
Minha bicicleta, que roubaram, estava em frente da casa, como se tivessem encontrado-a no terreno baldio ao lado. A bicicleta estava suja de terra, raizes e grama seca.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Céu Flocado

Acordo com vontade, não de acordar, mas de viver o futuro. Sinto falta do real e esperança há. O problema é que ainda não sei o que são boas notícias em meio a tantos acontecimentos.
O banco da praça, o céu flocado, o cigarro queimando o dedo, as lágrimas arrombando as pálpebras...
É você. A confusão. A esperança. O medo.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Proto-Proteção

Como um homem que deixa seu guarda-chuva aberto, mas não se cobre por ele.
Como um homem que tem a crença em Deus, mas nega sua proteção.
Como um homem que sabe nadar, mas enche os pulmões de oceano.
Como um homem que tem plena ciência dos perigos do cigarro, mas fuma.
Beber cicuta é para os fracos, eles dirão.
Se cortar é para os fracos, eles dirão.
Ora, deixe que digam.
O que eu sou não é digno da vida real.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Tumor

Nalguns momentos parece que as setas ganham pontas de novo. Parece que o futuro ganha sintomas. E novos motivos parecem me mover (pouco, mas me movo). O tédio tende a piorar tudo, mas ele, às vezes, é espantado por palavras de fontes e significados surpreendentes. Tento dizer tudo, sem dizer nada. O tic-tac do relógio parece um come-come, comendo a minha vida. O autor disso é meu alvo. Mas eu não quero acertar esse alvo. Os tiros que dou nunca acertam onde quero, melhor parar de atirar. Instiga, mas é placebo. É um tumor que eu tenho que extirpar, removendo a menor quantidade possível de carne saudável. Acho que se não sobrar nada, ainda vai faltar muito. É essa a fome que tenho.

sábado, 16 de junho de 2012

Rehab De Atenção

Como todas as drogas, a atenção pára de fazer efeito depois de muitas doses.
Mas às vezes, surge um tipo novo no mercado. Um tipo novo de atenção.
E o vício se renova.
A atenção antiga já não faz efeito algum,
talvez piore a vontade da nova atenção,
como quando você tem um pouco do que quer e isso só instiga ao todo.
O passado assombra e o futuro assusta.
Solução é que a humanidade me ignore, num quarto fechado,
até que me acostume a viver sem atenção alguma.
É doloroso, como todas as drogas.