segunda-feira, 13 de outubro de 2003

Polar-005

Poderia tentar lhes contar exatamente o que aconteceu, mas consegui me esquecer do muito que me lembrava. Lembro ainda. Mas esqueci. Começemos com uma breve descrição dos personagens:
EDITADO, eu. 17 anos -> o perdido que tentava se encontrar. Antes, durante e depois, escreveu no caderninho e em folhas avulsas.
O que sobrou: muito conhecimento em psicologia, um amor falso que não morre tão cedo e uma raiva incontrolável dos seres humanos.
EDITADO, ela. 13 anos -> a garota perfeita aos meus olhos, e defeituosa aos olhos dele. Apaixonada por ele. Personalidade indescritível. Eu já vi três. Devem haver mais.
EDITADO, ele. 16 anos -> aquele que todos amam. Tenta amar todos e deixa todos na mão, pois tem outros na fila pra ser amado. Achei que ele amava uma... mas hoje desconfio. Malicioso, falso, hipócrita... ignortante. Enfim, normal.
Vamos à história?

1º dia - Ele me liga.
EDITADO, vamo no shopping? - Odeio que me chame de EDITADO.
- ...vamo... que hora?
- Agora!
- Tá... to descendo...

Já no shopping, fui apresentado a ela. Já não tinha esperanças de nada. Ela tão linda... eu ali, tão... enfim. Voltas no shopping, zueira, imitações, voltamos pra casa. No ônibus, já via sinais da "atração" que ela tinha. Por ele. Ele me falou que fizesse aquela "cantada" do "dois passos do paraíso". Eu fiz, na zoeira, embora fosse real. Chegamos na casa dele. Fomos para o quarto. Ele saiu e deixou a gente sozinho. Tive idéias. Ela saiu atrás dele. As idéias se foram junto e me senti mal. Ela volta, me mostra os poemas com rimas verbais. "Só você eu deixo ver." Ela me disse. Se alguém te fala isso, pode esquecer. Só queria fazer ciúmes para ele. Chega minha mãe e me fui. Ovi depois dele "EDITADO, porque você embora!?!" Parece que ele não gostou nada do que havia ocorrido depois que eu saí. Eu imagino o que foi. E condiz com o que ele me falou certa vez.
"Ela me segurou e pediu um beijo, falou que só me soltava se eu desse, daí eu dei, daí ela me segurou mais e pediu outro. Aí eu consegui sair."
Nossa! Esqueci do principal! Eu falei com ela antes de irmos no shopping. Eu na casa dele, ele me fala "passa um trote aí, fala que é o Paulo da escola dela, que viu os óculos novos", blá blá blá. Passei o trote. Ainda me arrependo... Voltando... Depois de um tempo do shopping ela me liga, chorando... nossa, tem muita coisa que eu esqueci... no 1º dua, na casa dele, conversndo com ela, foi-me dito o seguinte: "Eu durmo com o braço pra baixo da cama, com a mão no chão"... Pois é... como eu bem sei, eu também já acordei com a mão assim e também já fui dormir com a mão assim. Disse a ela que eu também. Voltando: me liga chorando, não sei como fomos nos encontrar no shopping, só nós dois. Podemos começar a ver "documentos da época"
Caderninho, página 28.
Pois conversamos. Mostrei caderninho pra ela... via as "belas" poesias verbais dela. No ponto de ônibus, ela ficou me olhando... e eu dando risada de mim mesmo. Achando que ela queria o mesmo que eu... ela queria, mas não pelo mesmo motivo.
E eu, por achar tanto, não fiz nada...
Agora recomendo as conversas no ICQ... Até o dia 02/07... Quando esperava no ponto, escrevi no caderninho (Pag 37)... assim que ela desceu do ônibus, sem falar nem oi... enfim... ficou uma situação meio ruim, mas ótima. Eu não sabia o que fazer... Deveria ter aproveitado mais... Conversamos e... fomos embora. Um pra cada lado. Exatamente no momento em que escrevia (Pag 37), ele me liga:
- Conta algo de novo?
- Não - não queria que ele soubesse...
- Nada mesmo?
- Nada
- Você ficou com a EDITADO?
- ... é ...
- Ah! Seu filho da puta! (não no sentido pejorativo) Como você é falso heim?!? (Ele achava que eu era um falso voluntário... mas era involuntário)
Enfim... desde o dia 2/07/2003, às 16:24 minha vida só piora. Por enquanto é só.

Terminado às 02:17 am do dia 13/10/2003