sexta-feira, 27 de fevereiro de 2004

Polar-165

Venha me ver uma última vez
Para que possa me reconhecer
Na gaveta do necrotério, talvez
Morto pela falta do teu amor, vê?

Seguirei infeliz pela eternidade
Vivendo morto sem teu amor
Andando por toda a cidade
Sem sentir nem frio, nem calor

Esperando que venha me visitar
Por favor, peço-lhe que me engane
Mesmo que não possa me amar

Assim tu serias meu Messias
Eu seria teu Lázaro
Necessito de tuas mão macias
Para voar como Ícaro